segunda-feira, 30 de março de 2009

Fronteiras: Aldeia da Ponte/Alberguería de Argañán

Na região da Beira Interior, no concelho do Sabugal, encontramo-nos com mais uma fronteira, neste caso na freguesia de Aldeia da Ponte. A pouco mais de 5 km. chegamos até à aldeia de Alberguería de Argañán, na província de Salamanca, com uma paisagem de peneplanície muito semelhante.

Resulta interessante para quem quer comparar ambos os dois lados da Raia, visto ficar perto da fronteira da qual já falamos anteriormente de Batocas/Alamedilha e Aldeia do Bispo/Navasfrías, o que é muito importante em termos de ligações transfronteiriças e vontade de entendimento e comunicação.

Resulta ainda uma região muito interessante do ponto de vista dos recursos naturais e histórico. Do ponto de vista histórico contamos com o facto de esta região ter pertencido à região de Riba Côa, na posse do reino de Leão até ao Tratado de Alcanices de 1297. De facto, temos estudos de Lindley Cintra que falam dos dialectos leoneses que cá se falavam antes de se impor definitivamente a nossa língua portuguesa, como ficou demonstrado nos foros de Castelo Rodrigo. Sem dúvida, a fortaleza desses falares foi muito menor, visto que os falares ásturo-leoneses ainda pervivem na língua mirandesa e nos falares raianos de Rio de Onor, Guadramil, Deilão e Petisqueira, no Nordeste Transmontano. Quer seja porque se trata de uma região menos isolada, mais exposta a novas influências, quer seja porque a influência desses falares foi muito menor, a realidade é que o que se fala na região é um dialecto beirão, com alguns traços talvez ásturo-leoneses como o facto de chamarem ao grão-de-bico "gravanços". Resulta interessante a visita ao património de aldeias como Alfaiates ou Vilar Maior, para além da vila do Sabugal. É linda de ver a aldeia da Sortelha, se bem que já fica longe do espaço propriamente raiano.

Do ponto de vista biológico é imprecindível a visita à Serra de Malcata, que pode ser ampliada, além fronteiras, para a Serra de Gata, nomeadamente na região de El Rebollar, dependente de Ciudad Rodrigo, mas próxima à fronteira, onde ainda se conservam traços dos antigos falares ásturo-leoneses. A fauna e flora destas serras é simplesmente espantosa, para além de nos proporcionar belas vistas e flashes de um mundo em transição, onde ainda se conservam antigas tradições que, infelizmente, não voltará.

Foto 1. Limite fronteiriço de Portugal visto do lado de Espanha.
Foto 2. Fronteira espanhola vista do lado de Portugal.
Foto 3. Vista geral de Alberguería de Argañán.
Foto 4. Vista geral de Aldeia da Ponte.


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Mapa 1. Mapa de situação da fronteira e de ambas as aldeias.

sábado, 21 de março de 2009

Fronteiras: Vilarelho da Raia/Rabal

A região do Alto Tâmega é uma região natural, dividida entre a Galiza e o nosso país, mas que pertenceu integramente à diocese de Braga, já que o território actualmente galego era conhecido como Terra de Baronceli, tendo estado na posse da citada diocese durante todo o século XI e, em parte, durante o século XII, quando, com a formação da Nacionalidade e a consolidação de Portugal como reino independente de Leão fez com que a diocese de Ourense reclamasse o território, tendo ficado com ele, primeiro uma metade e logo finalmente de forma completa.

Mas isso não foi entrave para as comunicações e os contactos, que continuaram sendo muito intensos, para além da fronteira, que continuou a ser bastante duvidosa, como já temos falado, por exemplo, com a questão dos «povos promíscuos» de Lamadarcos, Cambedo e Soutelinho da Raia. O limite fronteiriço actual é tão ténue, que até dá para rir. Um bom exemplo disso é o caso da fronteira de Vilarelho da Raia/Rabal. Para quem vem de Verín pela actual estrada N 532 (daqui a pouco haverá uma auto-estrada de ligação com a A 24), depois de ter passado Tamaguelos e antes de chegar a Feces de Abaixo, deverá virar à direita em direcção Rabal, passar a aldeia e seguir pelo indicador de «Portugal» (Por que não Vilarelho e não deixa tanta constância da fronteira política? Quem vem de Chaves, deverá passar por Outeiro Seco, Vilela Seca e Vilarelho para chegar à linha de fronteira, a não ser que o faça pela fronteira de Vila Verde da Raia, passe Feces e logo vire à esquerda, já na Galiza, na direcção de Rabal.

A fronteira são os próprios campos cultivados, lameiros e os marcos que se intercalam entre eles. A estrada de ligação entre ambas as aldeias passa pelo marco 244. Como se pode ver pelas fotografias, um simples marco faz com que as videiras e a oliveira da primeira fotografia fiquem na parte da Galiza, enquanto as couves da segunda fotografia já ficam na parte de Portugal. Para fazer uma piada com isto: Não entendo muito de plantas, mas aquelas couves não são por acaso couves galegas???!!! Ainda bem que essa horta tem arame, senão é capaz de vir um galego apanhar as couves e dizer: -Esta couve é minha. E com razão!

Isto não deixa de ser uma simples curiosidade, caricata até, mas mostra o quanto pode mudar uma vida por estar de um ou de outro lado da fronteira. E é que afinal as fronteiras influenciam muito mais do que nós pensamos. Muito Espaço Schengen mas as fronteiras não desaparecem da noite para o dia, muito menos as mentais ou as sociológicas.

Deliciem-se entretanto, com as couves. Mmmm... estou a pensar em fazer um caldo verde. O que é que acham?

Foto 1. Fronteira vista do lado de Vilarelho com sinalética galega incluída.
Foto 2. Fronteira vista do lado de Rabal, com as famosas couves.
Foto 3. Vista geral de Vilarelho da Raia visto do limite fronteiriço.


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Mapa 1. Mapa de situação com indicador do limite fronteiriço.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Curiosidades fronteiriças: Fronteira Galegos/La Fontañera (Fontanheira)

Curiosidades na Raia há muitas. Mas poucas como esta da fronteira entre Galegos e La Fontañera (Fontanheira). Fontanheira é uma dessas aldeias fundadas por povoadores portugueses a partir do século XVIII como consequência de uma situação demográfica que favoreceu a ocupação das terras raianas vizinhas que na altura estavam desertas. É por isso que a aldeia faz parte hoje do grupo de aldeias que ainda conservam a nossa língua portuguesa.

A "fronteira" entre Galegos e Fontanheira não existe praticamente. Não há nenhum indicador que nos diga quando passamos de um país para outro a não ser a mudança do piso na estrada. Como é uma fronteira local, as estradas não são lá muito boas, mas perfeitamente transitáveis para ligeiros. Fontanheira é quase uma aldeia-rua, isto é, uma aldeia cujo casario se distribui ao longo da estrada, que faz de rua principal. O feitio das casas é uma mistura entre a casa alentejana e alguns traços próprios da Extremadura espanhola, região na que, afinal é onde se encontra.

A particularidade desta fronteira é que acaba súbitamente... na última casa. Lá ondeiam as bandeiras de Portugal e Espanha a indicar este facto. Mas há mais. Do outro lado da rua há outra casa que sirve como alojamento rural. A sua proprietária quis ampliar a cozinha para dar mais conforto à casa. Sem pensar duas vezes, tirou o marco fronteiriço e avançou dois metros além. Nenhuma fronteira ia impedir que a sua cozinha fosse maior! Só que segundo a Comissão de Limites isto é totalmente ilegal porque se qualquer um faz isto, daqui a pouco podemos ir avançando uns metros aqui e acolá e ou Portugal desaparecia ou ficava noutro lugar diferente. Como o caso não foi lá muito grave, afinal não teve quaisquer consequência. Hoje, quem ficar alojado lá (não faço publicidade gratuita) pode dormir na sua cama na Extremadura espanhola, no concelho de Valência de Alcântara (Cáceres) e sair para fora para tomar um suminho fresco na freguesia de Galegos, concelho de Marvão, no distrito de Portalegre, no Alentejo,... em Portugal!

Mas que melhor do que umas fotografias para ilustrar isto. Como sempre lá ficam para prazer dos meus leitores que sei que são muitos. Tudo para eles!

Foto 1. Marco fronteiriço que foi movido a causa da ampliação de uma cozinha! (Visto do lado de Portugal)
Foto 2. Outro marco fronteiriço junto do estabelecimento de alojamento rural.
Foto 3. Bandeiras portuguesa e espanhola ondeiam no limite (a parede é a fronteira).
Foto 4. Casa de alojamento rural com formas típicas alto-alentejanas como as chaminés.
Foto 5. Outro marco fronteiriço visto do lado de Espanha.


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Mapa 1. Mapa com linha que segue a posição exacta dos marcos fronteiriços apresentados nas fotografias.

segunda-feira, 16 de março de 2009

A língua portuguesa na Extremadura espanhola

Na região da Extremadura espanhola, um facto muito desconhecido pelos portugueses e pelos próprios espanhóis é a existência de uma série de aldeias raianas onde a língua materna continua a ser a língua portuguesa. Tencionamos neste blogue dar a conhecer, modestamente, esta realidade. Portanto, quem esperar cá um listado de bibliografia não o vai encontrar, já que apenas tencionamos dar algumas orientações quanto a esta realidade, a modo de divulgação não erudita. Também porque achamos que os nossos leitores, a não ser que queiram aprofundar neste campo da Filologia Românica, apenas pretendem conhecer factos curiosos sobre estas terras raianas mal conhecidas.

A língua portuguesa na Extremadura espanhola tem três focos essenciais:

1-O núcleo de Ferreira de Alcântara (Herrera, em espanhol), que é o mais antigo. O facto de se falar lá o português se deve à repovoação portuguesa da região aquando da Reconquista, lá nas primeiras décadas do século XIII. O território passou várias vicissitudes: ora pertencia ao reino de Portugal, ora ao de Leão. O Tratado de Alcanices de 1297 pôs fim às pretensões portuguesas de dominar a região, se bem que Portugal nunca esqueceu tal território e o reclamou sempre que pôde nas guerras seguintes. A realidade é que ficou definitivamente na posse de Castela, mas a população portuguesa que morava lá continuou a viver na aldeia, de forma que hoje o português que se fala lá é um português arcaico, sem qualquer ligação com os dialectos alto-alentejanos e beirões. Portanto, para um português normal, esse português soaria um bocado esquisito, precisamente pela ausência de relações com o resto do país.

2-Uma franja que se estende desde Cedilho até La Codosera. O português falado lá deve-se à emigração de portugueses do Alentejo após a Guerra da Restauração. O fim da guerra teve como consequência o desenvolvimento demográfico, em claro contraste com a Extremadura espanhola, em declínio, e obviamente pouco povoada. Isso levou a alguns portugueses à ocupação de terras do outro lado da fronteira apartir do século XVIII, como foi no caso de Cedilho. Mas será apartir do terceiro quartel e, sobretudo, o último quartel do século XIX que se verifica a maior intensidade nessa emigração além fronteiras. Desta forma apareceram aldeias como La Fontañera (Fontanheira) na mesma Raia, Las Casiñas (Casinhas), Casas del Pino, etc. aldeias situadas a poente da vila de Valência de Alcântara, mas onde se fala um português alto-alentejano com traços do dialecto beirão falado na Beira Baixa. Outro núcleo são as aldeias que se povoaram na sequência do Tratado de Limites de Lisboa de 1864. Tal tratado permitiu a fixação da fronteira com o repartimento das chamadas Contendas, quer dizer, territórios que pertenciam normalmente aos municípios, de uso comunal, mas que não apresentavam qualquer divisão fronteiriça e com limites muito imprecisos, pelo que não era permitida nenhuma construção de habitações para uso humano. Com o desaparecimento das contendas, a fronteira ficou definitvamente fixada na região e houve muita emigração para o outro lado da fronteira, designadamente da freguesia de Esperança, no concelho de Arronches. Apareceram assim aldeias gémeas como Rabaça/La Rabaza ou Marco/El Marco, que realmente são a mesma aldeia partida apenas em duas pela fronteira. Outras aldeias como Bacoco, La Tojera (Tojeira), La Varse e outras foram também povoadas por portugueses. La Codosera, no entanto, ficou como uma espécie de aldeia mista, sendo que há uma romaria anual na Igreja de Chandavila, que expressa esse carácter misto da região, onde confraternizam portugueses e espanhóis. Uma curiosidade a salientar é o facto de os pais terem enviado os seus filhos à escola portuguesa após a Guerra de Espanha de 1936-1939 para não perderem as suas raízes nem a nacionalidade portuguesa. Se bem que a maior parte dos habitantes têm dupla nacionalidade, há quem ainda só possua a nacionalidade portuguesa.

3-O português oliventino, falado nos concelhos de Olivença e Táliga, que teve a ver com a dominação portuguesa até 1801. A situação, após os esforços de aniquilar a língua portuguesa por parte das autoridades espanholas como se o português fosse uma ameaça à unidade nacional, é que o português ainda se mantém vivo, mas de forma ruim, como já referimos no 'post' dedicado à Jornada sobre o Português oliventino.

De qualquer forma, isto mostra que a língua portuguesa é falada também em Espanha, designadamente, mas não só, na zona raiana da Extremadura espanhola, pelo que deveria ser objecto de protecção e promoção por parte das autoridades espanholas como direito da própria língua de acordo com a Carta Europeia de Línguas Regionais e Minoritárias do Conselho de Europa, e como direito dos próprios habitantes ao uso da sua língua sem entraves nem politiquices absurdas que não levam a lugar nenhum.

Mapa 1. Mapa de situação dos territórios de língua portuguesa na Extremadura espanhola (pode clicar para ver num tamanho maior).

domingo, 8 de março de 2009

Fronteiras: V. V. da Raia/Feces de Abaixo

Uma das fronteiras das que eu me lembro com mais saudades é esta, já que costumava passá-la em miúdo lá na década de setenta, quando ainda os controlos fronteiriços faziam parte do quotidiano, com passaporte ou salvo-condutos especiais válidos para 48 horas. Esta fronteira entre Vila Verde da Raia e Feces de Abaixo era (e continua a ser) uma fronteira muito transitada na região do Alto Tâmega, partida em dois pela fronteira, mas fazendo parte de uma unidade natural como é a bacia do Tâmega com as localidades de Chaves e Verín.

Lá vinham os galegos (ou outros espanhóis) com o intuito de comprar nos armazéns de Chaves: toalhas, loiças, bronzes, faqueiros, bebidas, etc., sem esquecer a indústria do móvel. Hoje esta atividade continua a ser importante, mas desde a apertura das fronteiras entrou em declínio pela progressiva equiparação de preços entre ambos os lados da fronteira. Mas isso não quer dizer que os contactos não se mantenham. O comércio continua a ser muito intenso, em um ou em outro sentido.

A fronteira é hoje um ponto de passagem obrigatória ainda, visto que a ligação da auto-estrada A 24 à espanhola A-52 ou Auto-estrada das Rias Baixas, porém, não foi concluida, isto é, o que vai ser a futura A-75, cujas obras estão já em curso. Os cafés da fronteira andam a lucrar, sobre tudo aos Domingos à tarde ou nos feriados, com os trabalhadores portugueses que se deslocam aos seus empregos na construção civil na Galiza ou até mais longe como as Astúrias ou Leão. Lá toman o seu último gole da bica ou da imperial antes de pôr rumbo aos seus lugares de destino. Estes movimentos pendulares são, aliás, muito frequentes no Norte, onde é normal vermos carrinhas com matrículas espanholas ou portuguesas indistintamente levando os trabalhadores aos finais de semana para casa, as Sextas-feiras, voltando aos Domingos à tarde para começar Segunda-feira de manhazinha cedo.

Para além destas "estórias", há uma intensa colaboração transfronteiriça que se tem concretizado na Eurocidade Chaves-Verín com o intuito de aproveitar as sinérgias existentes entre ambas as cidades. Nesse sentido cabe entender a construção da Plataforma Logística , o Mercado Abastecedor e o Parque Empresarial à beira do Tâmega, junto de uma saída da auto-estrada A 24 na linha de fronteira. Sobre este interessante projecto, pode-se encontrar informação em português aqui e em galego aqui nos sites das respectivas câmaras municipais. Um projecto que, sem dúvida, mostra que a vontade de entendimento e de somar esforços não entende de limites, mas se estende além fronteiras.


Foto 1. Fronteira e alfândega de Vila Verde da Raia.
Foto 2. Fronteira e alfândega (aduana) de Feces de Abaixo (Galiza).
Foto 3. Em terra de ninguém...


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Mapa 1. Mapa de situação de ambas as alfândegas.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Jornada sobre o português oliventino

O dia 28 de Fevereiro teve lugar em Olivença uma Jornada sobre o Português Oliventino, à qual tive o privilégio de poder assistir. O programa foi muito interessante, com palestras diversas de especialistas na matéria.

O destaque foi para o próprio português oliventino, a quem foi pedida uma declaração como Bem Cultural de 1ª Ordem pelo Governo Regional da Extremadura, uma sinalética bilíngue e até a oficialidade do português na região, para além de implementar mais medidas na sequência de impulsar o ensino da língua portuguesa de forma a evitar a sua desaparição.

O problema mais grave da língua portuguesa em Olivença é o seu estado ruim, já que apenas as gerações de mais de 65 continuam a falar o português. A transmissão geracional rompeu-se a partir de 1950 num momento de grande pressão linguística a favor do espanhol, quando o uso de outras línguas que não o espanhol estava proibido. Isso faz com que as gerações médias compreendam passivamente o português mas não o falem e as novas gerações achem um bocado estranho o português que é ensinado na escola que, obviamente, é o português padrão.

Segundo o meu modesto ponto de vista, a única solução para reverter a situação passaria pela declaração da oficialidade do português na região e a implementação do português como língua veicular do ensino a todos os níveis com uma matéria de língua espanhola. Os alunos sairiam com um bom nível de português e de espanhol: o português por ser aprendido na escola, e o espanhol por ser uma língua que iam ouvir em todo o lado: revistas, TV, os média em geral..., adaptando, como diziam os espertos, o português à realidade da região, quer dizer, um português padrão na escrita, mas um português local na fala.

Lá vai o programa da Jornada e umas fotografias do Convento de S. João de Deus, onde decorreram as palestras.

Jornada sobre o Português Oliventino

Sábado, 28 de Fevereiro de 2009

09:30 h. Inscrição de participantes e entrega de documentação

10:00 h. Inauguração

· Guillermo Fernández Vara. Presidente da Junta da Extremadura

· Manuel Cayado Rodríguez. Presidente da Câmara Municipal de Olivença

· Joaquín Fuentes Becerra. Presidente da Associação “Além Guadiana”

10:30 h. Pausa para café

11:00 h. Juan Carrasco González. Catedrático de Língua e Literatura Portuguesas e Diretor do Departamento de Línguas Modernas e Literatura Comparada da Universidade da Extremadura. Olivenza y las variedades lingüísticas de la frontera extremeña

11:40 h. Eduardo J. Ruiz Viéytez. Director do Instituto de Direitos Humanos da Universidade de Deusto e Consultor Externo do Conselho da Europa. La importancia de las lenguas minoritarias en Europa y el papel del Consejo de Europa

12:20 h. Lígia Freire Borges. Leitora do Instituto Camões na Universidade da Extremadura. A língua portuguesa no mundo com o Instituto Camões

12:45 h. 1ª Mesa Redonda. O português de Olivença

· Manuel Jesús Sánchez Fernández. Licenciado em Filologia. O nosso português não tem futuro

· Servando Rodríguez Franco. Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Portugueses. Alteraciones en la toponimia de Olivenza

· José António A. Meia Canada. Falante de português oliventino. Testemunhos do nosso português

14:00 h. Intervalo

16:30 h. 2ª Mesa Redonda: Características e situação de outras línguas e dialetos minoritários

· Domingo Frades Gaspar. Presidente da Asociación Fala i Cultura e membro da Real Academia Galega. La fala del valle del Eljas

· Doutor José Gargallo Gil. Professor de Filologia Românica na Universidade de Barcelona. Fronteras y enclaves en la península Ibérica

· Manuela Barros Ferreira. Doutora em linguística pela Universidade de Lisboa. O mirandês, língua de fronteira

· Isabel Sabino. Vereadora da Câmara Municipal de Barrancos. Traços do barranquenho e ações de proteção ou promoção

18:00 h. Projeção de um documentário a cargo de Mila Gritos sobre o português em Olivença

18:30 h. Fim da jornada

Este foi o programa da Jornada sobre o Português Oliventino, que teve lugar em Olivença o dia 28 de Fevereiro, à qual tive o privilégio de poder assistir. Claro que isso não teria sido possível sem a acção de um grupo de oliventinos sensibilizados com a questão, que fazem questão de usar o português sempre que possível, isto é, a Associação Além Guadiana que têm um site e um blogue se recolhem todas as notícias sobre a questão.

Foto 1. Cartaz da Jornada sobre o Português Oliventino.
Foto 2. Programa da Jornada em edição bilíngue.
Foto 3. Convento de S. João de Deus, lugar onde decorreu a Jornada.
Foto 4. Claustro do Convento e chaminés (chunés) alentejanas.
Foto 5. Claustro e poço do Convento.
Foto 6. Capela restaurada onde teve lugar a Jornada.