Primeiro de tudo, sei que tive este tempo todo abandonado o blogue. Peço desculpa aos meus ávidos leitores. É devido a que, finalmente, vou ler a minha tese de doutoramento e, obviamente, estive muito ocupado em pormenores que deviam ser solucionados. Em segundo lugar, quero anunciar também que pretendo, brevemente, mudar a estética do blogue, e convidar às pessoas que quiserem, para aderir a um perfil específico para este blogue no Twitter e no Facebook. A ideia é fazer das redes sociais mais um instrumento de publicidade do blogue e acrescentar notícias, artigos de opinião, reportagens, etc., que pela sua natureza não têm cabida aqui, mas são interessantes do ponto de vista das relações transfronteiriças. Em terceiro lugar, quero dar os parabéns às mais de 40 000 visitas que este blogue já teve, o que é todo um sucesso, tendo em conta que não é um blogue popular, mas restrito a uma minoria interessada nestas coisas. Finalmente, quero dar as boas-vindas ao nosso amigo número 32 JC, ao qual espero continue a gostar do blogue e que este continue a ser tudo aquilo que o levou a isso.
Já agora, entramos em matéria. Há tempo falei sobre a fronteira muito pouco conhecida, no concelho de Melgaço, entre Alcobaça e Azoreira. Hoje vou falar de mais uma fronteira ainda menos conhecida, um bocadinho mais para baixo, no vale do Trancoso, rio ou ribeira que faz fronteira entre Portugal e a Galiza. Realmente encontramos mais dois pontos de passagem dos quais comentaremos um.
Na freguesia de Fiães, sede do famoso mosteiro medieval de Santa Maria de Fiães, que teve propriedades na parte portuguesa e na parte galega do vale, situa-se a aldeia de Á-da-Velha e na paróquia galega de Padrenda encontramos a aldeia de Cela de Abaixo. O Trancoso separa ambas as duas aldeias no que é um vale pacato cheio de pastagens, espigueiros e campos de milho, para além de casas em granito sem quase diferenças perceptíveis entre as do lado galego e as do lado minhoto.
A despovoação fez que, infelizmente, muitas casas estejam fechadas ou mesmo abandonadas, devotadas à lenta agonia de uma desaparição certa. A agricultura e a pecuária continuam a ser as actividades económicas essenciais pelo que não há muitas possibilidades de desenvolvimento, mais ainda se tivermos em conta que estas aldeias ficam longe da sede de concelho ou do desenvolvimento turístico de localidades como Castro Laboreiro, ligadas ao Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Para quem goste de explorar lugares pouco conhecidos, um passeio por estes locais pode ser uma óptima ideia para descontrair e passar uma tarde ou um dia de manhã ensolarada e desfrutar da paisagem ao mesmo tempo que fazemos exercício e ficamos em forma. Isto tem a vantagem de ficar perto de Castro Laboreiro, pelo que depois podemos almoçar, por exemplo, no Hotel Castrum Villae, onde poderemos deliciar-nos com o sabor da cozinha alto-minhota. Da vez que fiz isto, almocei um polvo à lagareiro espantoso, regado com um bom vinho de Alvarinho da Sub-Região de Monção, na qual o destaque vai para alguns vinhos do concelho de Melgaço. Uma boa sobremesa e um café é tudo o que se precisa para acabar. Se for no Verão, teremos ainda oportunidade de percorrer as ruazinhas de Castro Laboreiro e baixar a comida!
Já agora, entramos em matéria. Há tempo falei sobre a fronteira muito pouco conhecida, no concelho de Melgaço, entre Alcobaça e Azoreira. Hoje vou falar de mais uma fronteira ainda menos conhecida, um bocadinho mais para baixo, no vale do Trancoso, rio ou ribeira que faz fronteira entre Portugal e a Galiza. Realmente encontramos mais dois pontos de passagem dos quais comentaremos um.
Na freguesia de Fiães, sede do famoso mosteiro medieval de Santa Maria de Fiães, que teve propriedades na parte portuguesa e na parte galega do vale, situa-se a aldeia de Á-da-Velha e na paróquia galega de Padrenda encontramos a aldeia de Cela de Abaixo. O Trancoso separa ambas as duas aldeias no que é um vale pacato cheio de pastagens, espigueiros e campos de milho, para além de casas em granito sem quase diferenças perceptíveis entre as do lado galego e as do lado minhoto.
A despovoação fez que, infelizmente, muitas casas estejam fechadas ou mesmo abandonadas, devotadas à lenta agonia de uma desaparição certa. A agricultura e a pecuária continuam a ser as actividades económicas essenciais pelo que não há muitas possibilidades de desenvolvimento, mais ainda se tivermos em conta que estas aldeias ficam longe da sede de concelho ou do desenvolvimento turístico de localidades como Castro Laboreiro, ligadas ao Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Para quem goste de explorar lugares pouco conhecidos, um passeio por estes locais pode ser uma óptima ideia para descontrair e passar uma tarde ou um dia de manhã ensolarada e desfrutar da paisagem ao mesmo tempo que fazemos exercício e ficamos em forma. Isto tem a vantagem de ficar perto de Castro Laboreiro, pelo que depois podemos almoçar, por exemplo, no Hotel Castrum Villae, onde poderemos deliciar-nos com o sabor da cozinha alto-minhota. Da vez que fiz isto, almocei um polvo à lagareiro espantoso, regado com um bom vinho de Alvarinho da Sub-Região de Monção, na qual o destaque vai para alguns vinhos do concelho de Melgaço. Uma boa sobremesa e um café é tudo o que se precisa para acabar. Se for no Verão, teremos ainda oportunidade de percorrer as ruazinhas de Castro Laboreiro e baixar a comida!
Foto 1. Vista das casas de Á-da-Velha e dos seus espigueiros e a aldeia galega de Pousafoles ao fundo.
Foto 3. Espigueiros e vista da aldeia da Cela de Abaixo.Foto 4. Ponte da fronteira visto do lado de Portugal.
Foto 5. Ponte da fronteira visto do lado da Galiza.
Foto 6. No meio da ponte e ano de construção e/ou inauguração (10 de Novembro de 2001).
Foto 7. Marco fronteiriço.
Foto 8. Rio Trancoso (esquerda, Galiza; direita, Portugal).
Foto 9. Campos de lavoura e casas da Cela de Abaixo.
Ver Fronteira Á-da-Velha/Lapela num mapa maior
Mapa 1. Mapa de situação.
Bom dia,
ResponderEliminarpodes enviar-me a localização correcta da ponte sobre o rio trancoso, em formato .kml do google Earth, obrigado.
jacosta@igeoe.pt