No marco incomparável onde se unem as serras de Gata e Malcata, que pertencem à Cordilheira Central temos a última fronteira entre as terras beirãs e as terras de Salamanca. Trata-se da fronteira entre Fóios, aldeia de montanha situada no concelho do Sabugal, e Navasfrías, aldeia de Salamanca situada na região de El Rebollar, uma pequena área onde ainda subsistem umas interessantes falas asturo-leonesas.
A região é muito interessante do ponto de vista do património natural devido à sua diversidade, quer na vegetação, quer na fauna. O destaque vai para espécies arbóreas como o carvalho negro, típico dos climas de transição, o castanheiro, o azinhal ou o sobreiro, para além da algumas arborizações recentes de pinheiro e eucalipto. A fauna é também muito variada, com destaque para o lince ibérico, visto ter sido criada a Reserva Natural da Serra da Malcata como santuário para esta espécie. Não existe certeza de que haja exemplares de lince nesta região, para além de alguns indícios, mas certeza absoluta, lá isso não há... Isso sim, esta região está considerada como ideal para a sua reintrodução futura, a partir de espécies criadas em cativeiro. Outros animais destacados são o javali, o gato-bravo, a gineta, a raposa-vermelha ou a cegonha-preta.
Esta fronteira, como está situada num pequeno alto, permite, antes de chegar ao limite fronteiriço, ver uma bela panorâmica da peneplanície que se estende das terras de Salamanca até à Beira Alta. Depois, após uma leve descida, chegamos ao limite fronteiriço. O mais engraçado é o facto de a estrada acabar num caminho de terra batida na parte espanhola, sendo mais uma mostra de que os tempos entre ambos os dois países nem sempre são os mesmos.
A região é muito interessante, para além do património natural. Do lado de Espanha há as aldeias de El Rebollar, em granito, com uma arquitectura tradicional interessante para além de chegarmos até ao Puerto Viejo, limite de Salamanca com a Extremadura espanhola. Do lado de Portugal, as aldeias raianas resultam muito agradáveis, sobretudo no Verão e, mesmo que não estejam situadas na Raia, destacam os conjuntos arquitectónicos de Vilar Maior, Alfaiates, Sabugal e Sortelha. É que afinal não podemos esquecer que esta região pertence às terras de Ribacôa, território em luta entre os reinos de Portugal e de Leão, sendo uma terra leonesa até ao Tratado de Alcanices de 1297, quando passaram a integrar definitivamente o reino português.
Foto 1. Vista da fronteira do lado português.A região é muito interessante do ponto de vista do património natural devido à sua diversidade, quer na vegetação, quer na fauna. O destaque vai para espécies arbóreas como o carvalho negro, típico dos climas de transição, o castanheiro, o azinhal ou o sobreiro, para além da algumas arborizações recentes de pinheiro e eucalipto. A fauna é também muito variada, com destaque para o lince ibérico, visto ter sido criada a Reserva Natural da Serra da Malcata como santuário para esta espécie. Não existe certeza de que haja exemplares de lince nesta região, para além de alguns indícios, mas certeza absoluta, lá isso não há... Isso sim, esta região está considerada como ideal para a sua reintrodução futura, a partir de espécies criadas em cativeiro. Outros animais destacados são o javali, o gato-bravo, a gineta, a raposa-vermelha ou a cegonha-preta.
Esta fronteira, como está situada num pequeno alto, permite, antes de chegar ao limite fronteiriço, ver uma bela panorâmica da peneplanície que se estende das terras de Salamanca até à Beira Alta. Depois, após uma leve descida, chegamos ao limite fronteiriço. O mais engraçado é o facto de a estrada acabar num caminho de terra batida na parte espanhola, sendo mais uma mostra de que os tempos entre ambos os dois países nem sempre são os mesmos.
A região é muito interessante, para além do património natural. Do lado de Espanha há as aldeias de El Rebollar, em granito, com uma arquitectura tradicional interessante para além de chegarmos até ao Puerto Viejo, limite de Salamanca com a Extremadura espanhola. Do lado de Portugal, as aldeias raianas resultam muito agradáveis, sobretudo no Verão e, mesmo que não estejam situadas na Raia, destacam os conjuntos arquitectónicos de Vilar Maior, Alfaiates, Sabugal e Sortelha. É que afinal não podemos esquecer que esta região pertence às terras de Ribacôa, território em luta entre os reinos de Portugal e de Leão, sendo uma terra leonesa até ao Tratado de Alcanices de 1297, quando passaram a integrar definitivamente o reino português.
Foto 2. Fronteira espanhola com estrada de terra batida.
Foto 3. Marco fronteiriço.
Foto 4. No limite fronteiriço com vistas para as serras de Gata-Malcata.
Foto 5. Reserva Natural da Serra da Malcata. Área de lazer no Côa.
Foto 6. Vistas sobre o rio Côa.
Foto 7. Tarde de Verão no Côa.
Ver Fronteira Fóios/Navasfrías num mapa maior
Mapa 1. Mapa de situação.
Your reports about the borders of Portugal are always very interesting. I'm reading them all the times!
ResponderEliminarBest wishes!
Thank you so much!
ResponderEliminarI also visit your blog to see international borders of many countries I've visited and to know some others in the world.