Tourém é uma aldeia raiana do Barroso, incluída no Parque Natural da Peneda-Gerês, e apresenta uma particularidade que nenhuma outra localidade raiana tem: está rodeada em três das quatro partes do território por território galego, sendo que a ligação com o resto do país faz-se por uma estrada em subida contínua até ultrapassar uma área de transição entre a Serra do Larouco e a Serra do Gerês/Xurés. É, portanto, a única aldeia portuguesa do vale do rio Salas, afluente do Lima.
Isso quer dizer que muitas das relações dos seus habitantes são com os seus vizinhos galegos o que não resulta estranho se termos em conta que, para além da sua particular localização geográfica, ainda no início do século XIX fazia parte da diocese eclesiástica de Ourense e de lá partia a estrada neutral para o Couto Misto, uma anormalidade do ponto de vista jurídico da qual falaremos mais adiante noutro 'post' e que só se resolveu com o Tratado de Limites de Lisboa de 1864.
A aldeia tem actualmente três ligações transfronteiriças com as aldeias galegas vizinhas. Hoje apresentamos uma delas, sendo o nosso propósito iniciar uma série de mensagens acabando com uma breve descrição da aldeia na última. A estrada que liga Tourém com Guntumil é uma estradinha para trânsito local que atravessa uma zona onde se mistura a floresta, o mato e prados destinados à pecuária ou terras de cereais. Ao fundo, a barragem das Salas como marco incomparável que acrescenta frescura à paisagem e às nossas costas, as últimas encostas da Serra do Gerês/Xurés, montanhas altas e íngremes que contribuem para a dureza dos Invernos. Do ponto de vista económico, trata-se de duas aldeias dedicadas à agricultura e à pecuária, não muito evoluídas e perto do nível de subsistência, como antigamente. Daí a sobrevivência, até tempos não muito longínquos, de práticas comunitárias como o boi comunitário, as malhas ou os direitos de uso do forno do povo. O que justifica, neste mundo globalizado, que muitos tenham optado pela emigração à procura de melhores condições de vida como saída a uma dura vida no campo e nem sempre recompensadora.
Resulta uma visita imprescindível para quem queira ter uma visão global destas aldeias do sul da Galiza, do Couto Misto e do Barroso.
Isso quer dizer que muitas das relações dos seus habitantes são com os seus vizinhos galegos o que não resulta estranho se termos em conta que, para além da sua particular localização geográfica, ainda no início do século XIX fazia parte da diocese eclesiástica de Ourense e de lá partia a estrada neutral para o Couto Misto, uma anormalidade do ponto de vista jurídico da qual falaremos mais adiante noutro 'post' e que só se resolveu com o Tratado de Limites de Lisboa de 1864.
A aldeia tem actualmente três ligações transfronteiriças com as aldeias galegas vizinhas. Hoje apresentamos uma delas, sendo o nosso propósito iniciar uma série de mensagens acabando com uma breve descrição da aldeia na última. A estrada que liga Tourém com Guntumil é uma estradinha para trânsito local que atravessa uma zona onde se mistura a floresta, o mato e prados destinados à pecuária ou terras de cereais. Ao fundo, a barragem das Salas como marco incomparável que acrescenta frescura à paisagem e às nossas costas, as últimas encostas da Serra do Gerês/Xurés, montanhas altas e íngremes que contribuem para a dureza dos Invernos. Do ponto de vista económico, trata-se de duas aldeias dedicadas à agricultura e à pecuária, não muito evoluídas e perto do nível de subsistência, como antigamente. Daí a sobrevivência, até tempos não muito longínquos, de práticas comunitárias como o boi comunitário, as malhas ou os direitos de uso do forno do povo. O que justifica, neste mundo globalizado, que muitos tenham optado pela emigração à procura de melhores condições de vida como saída a uma dura vida no campo e nem sempre recompensadora.
Resulta uma visita imprescindível para quem queira ter uma visão global destas aldeias do sul da Galiza, do Couto Misto e do Barroso.
Foto 1. Fronteira portuguesa vista do lado da Galiza.
Foto 2. Marco fronteiriço escondido entre fetos.
Foto 3. Limite com a Galiza visto do lado português.
Foto 4. Vista geral de Guntumil com a barragem das Salas ao fundo.
Foto 5. Aldeias galegas de Requiás e Guntumil vistas da barragem das Salas com a Serra do Gerês/Xurés ao fundo.
Foto 6. Ponte sobre a barragem das Salas e vista de Guntumil.Foto 7. Vista de Guntumil (pormenor).
Foto 8. Vista geral de Tourém.
Ver Fronteira Tourém/Guntumil num mapa maior
Mapa 1. Mapa de situação.
P.S. Aproveito a ocasião para dar as boas-vindas ao nosso novo amigo 'extremadura urbana'. Desejo que continue a ser leitor habitual deste blogue.
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