Situada na peneplanície que se estende pela bacia média do Douro, encontramos esta fronteira local entre Escarigo e La Bouza (ou Bouça). Trata-se da última fronteira antes de chegarmos à região das arribas do Águeda, onde este afluente do Douro se encaixa no meio do soco hercínico, sendo que as rochas predominantes são as graníticas. É por essa razão que são frequentes na região as casas em pedra, mais evidente na região da Beira Interior onde achamos belos exemplos disto.
A fronteira é, neste caso, determinada pelo curso da Ribeira de Tourões antes da sua entrada no Águeda. A paisagem é uma paisagem granítica, com caos graníticos frequentes e solos pobres que não favorecem o desenvolvimento agrário, mas sim o pecuário. É por isso que, sobre tudo na região de Salamanca há quintas dedicadas à cria de touros bravos para o toureio, sendo mesmo algumas ganadarias muito importantes.
Esta região esteve na posse, durante séculos, do mosteiro de Santa Maria de Aguiar, perto de Figueira de Castelo Rodrigo. La Bouza, mesmo sendo uma aldeia espanhola, foi parte do domínio monástico até 1834 aquando da desamortização dos bens do clero regular, que supôs a extinção dos mosteiros. É por isso também que aparece na documentação portuguesa como Bouça, isto é, um território que terá sido uma floresta e que depois terá sido roçada para usos agrários. O território fez também parte da região de Riba Côa, isto é o território entre o rio Côa e o sistema formado pelos rios Águeda-Tourões, e que pertenceu ao reino de Leão até 1297, data do Tratado de Alcanices, em que foi reconhecido como território português.
A fronteira é, neste caso, determinada pelo curso da Ribeira de Tourões antes da sua entrada no Águeda. A paisagem é uma paisagem granítica, com caos graníticos frequentes e solos pobres que não favorecem o desenvolvimento agrário, mas sim o pecuário. É por isso que, sobre tudo na região de Salamanca há quintas dedicadas à cria de touros bravos para o toureio, sendo mesmo algumas ganadarias muito importantes.
Esta região esteve na posse, durante séculos, do mosteiro de Santa Maria de Aguiar, perto de Figueira de Castelo Rodrigo. La Bouza, mesmo sendo uma aldeia espanhola, foi parte do domínio monástico até 1834 aquando da desamortização dos bens do clero regular, que supôs a extinção dos mosteiros. É por isso também que aparece na documentação portuguesa como Bouça, isto é, um território que terá sido uma floresta e que depois terá sido roçada para usos agrários. O território fez também parte da região de Riba Côa, isto é o território entre o rio Côa e o sistema formado pelos rios Águeda-Tourões, e que pertenceu ao reino de Leão até 1297, data do Tratado de Alcanices, em que foi reconhecido como território português.
De resto, Escarigo e La Bouza não deixam de ser duas aldeias pacatas onde o despovoamento do território e a emigração foram a única saída, na maior parte dos casos, para escapar à miséria.
Ver Fronteira Escarigo/La Bouza num mapa maior
Mapa 1. Mapa de situação.