quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Notícias: Retiradas as cabines da fronteira de Vilar Formoso/Fuentes de Oñoro

Segundo uma notícia de hoje, no jornal Tribuna de Salamanca, as cabines da fronteira de Vilar Formoso vão ser retiradas (até que enfim!) com o intuito de facilitar o trânsito na região, uma vez que as obras do troço da auto-estrada que irá ligar a A 25 com a A-62 espanhola ainda se encontram em curso e irão demorar pelo menos dois anos.

A notícia (em espanhol) é a seguinte e o link para a mesma pode encontrar-se aqui:

PROVINCIA
Fuentes de Oñoro
Las cabinas del puesto fronterizo con Vilar Formoso son retiradas
Última actualización 24/02/2009@22:26:06 GMT+1

A instancias de la Subdelegación del Gobierno en Salamanca y tras realizar las correspondientes consultas a las autoridades portuguesas, la Unidad de Carreteras del Estado en la provincia, dependiente del Ministerio de Fomento, ha procedido a desmontar las cabinas de control del puesto fronterizo de Fuentes de Oñoro-Vilar Formoso.

Tribuna

Los citados puestos de control estaban en desuso desde la entrada en vigor del denominado Espacio Schengen, acuerdo al que España y Portugal se adhirieron en 1991, y su posible retirada se abordó en la visita institucional que el subdelegado del Gobierno, Jesús Málaga Guerrero, realizó al Ayuntamiento de Fuentes de Oñoro.

Se ha producido tras los pertinentes contactos con los ministerios españoles de Interior, Fomento, Economía y Hacienda, y con las autoridades del vecino país, éstos gestionados por el cónsul honorario de Portugal en Salamanca, Augusto Pimenta Almeida.

La tarea de retirada de las cabinas, veinte en total, que se encontraban alineadas en cinco isletas con cuatro unidades en cada una de ellas, corrieron a cargo de la Unidad de Carreteras del Estado en Salamanca, que utilizó un camión-grúa y camiones de transporte en el desmontaje y traslado.

Esta actuación, a la que se sumará en breve el refuerzo del balizamiento y la señalización de las isletas ahora exentas, viene a complementar la labor de acondicionamiento y urbanización en la zona fronteriza española que el Ministerio de Fomento realizó en los años 2007 y 2008, con una inversión de 516.000 euros.

Consistió en renovación de redes urbanas, de abastecimiento y saneamiento, alumbrado público, y reordenación del tráfico mediante isletas y glorietas, así como la dotación de nuevos aparcamientos.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Fronteiras: Quintanilha/San Martín del Pedroso

Na estrada que liga Bragança com Zamora encontramos a fronteira mais importante da região entre o Nordeste Transmontano e a província de Zamora, situada em Castela e Leão ou, segundo alguns, no País Leonês, por ter pertencido ao reino de Leão e à região leonesa, dentro do modelo de regiões que vigorou em Espanha até a implementação das regiões autónomas.

Apesar disso, a fronteira de Quintanilha/San Martín del Pedroso é mais um exemplo de uma fronteira que podia ter mais trânsito e constituir uma boa opção para aceder às regiões do Norte de Espanha ou do Norte de Portugal. No entanto, o IP-4 chega mesmo até Quintaniha, faltando uns km. até o limite fronteiriço. Felizmente existe o projecto da auto-estrada transmontana que virá a ser uma realidade em 2011, embora com portagens nas circulares de Vila Real e Bragança!!!. Pela parte espanhola, a auto-estrada A-11 chega até Zamora, mas não se sabe ainda quando vão começar as obras de Zamora até a fronteira.

De facto, chama a atenção o facto de a ponte internacional sobre o rio Maçãs/Manzanas ter ficado concluída há meses e não estar ainda em serviço porque pela parte espanhola ainda não foram feitas as ligações da ponte com a N-122, embora o mapa do Google Maps apresente a nova estrada. Também é mais um exemplo do atraso em algumas infra-estruturas pela parte de Espanha, como também tem acontecido com a ligação fronteiriça Chaves-Verín, Vilar Formoso-Fuentes de Oñoro ou Vila Real de Santo António-Ayamonte. Verdade seja dita que as ligações por auto-estrada de Valença-Tui ou Caia-Badajoz foram feitas primeiro por Espanha. Mas é o que temos...

Entretanto, deliciem-se com as fotografias!

Foto 1. Fronteira e alfândega espanhola de San Martín del Pedroso (Zamora).
Foto 2. Ponte sobre o rio Maçãs visto do lado de Espanha.
Foto 3. Rio Maçãs/Manzanas, limite fronteiriço entre ambos os estados neste ponto.
Foto 4. Fronteira e alfândega portuguesa de Quintanilha.
Foto 5. Rio Maçãs/Manzanas e vista da nova ponte internacional ao fundo (entre nevoeiro).


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Mapa 1. Mapa de situação com indicação do limite fronteiriço.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Fronteiras: Batocas/La Alamedilla (Alamedilha)

No limite da Beira Interior com a província de Salamanca encontramos, entre outras, a fronteira de Batocas/Alamedilha ou La Alamedilla, segundo a toponímia oficial. Esta região faz parte da peneplanície que se estende desde o oeste da província de Salamanca até as primeiras encostas da Serra da Estrela, caracterizada por ser uma região mais ou menos plana onde a erosão tem sido uma constante, facto que pode ver-se na abundância de penedos de granito mais ou menos arredondados.

De resto, a paisagem é muito semelhante e até mesmo na língua, porque Alamedilha é uma das aldeias que ainda continuam a falar a língua portuguesa dentro de Espanha, se bem que, como é normal nestes casos, a sua situação não é boa, por ser considerada a nossa língua inferior à língua do país ao que fazem parte, isto é, a Espanha.

Mas não é momento de falar em política, e sim sobre a região. A pecuária e a agricultura continuam a ser a base económica de ambas as aldeias, pelo que a emigração tem sido por vezes, a única saída a miséria. Os contactos entre ambas as aldeias, no entanto, continuam a ser muito intensos como é costume nestas aldeias. E como é natural, o trânsito não é lá um problema...

Foto 1. Vista geral da Alamedilha (entrada do lado de Espanha).
Foto 2. Limite fronteiriço do lado de Espanha e vista da Alamedilha.
Foto 3. Limite fronteiriço visto do lado de Portugal na direcção de Batocas.
Foto 4. Alamedilha vista do alto de Batocas.
Foto 5. Casario tradicional de Batocas (beirão).
Foto 6. Mais uma vista de Batocas.


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Mapa 1. Mapa de situação.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Fronteiras: De ponte a ponte. Valença/Tui (ponte Eiffel)

Se na anterior mensagem falei da "nova" ponte sobre o Minho, hoje vou falar da velha ponte, sim da ponte Eiffel, inaugurada lá para a década de 80 do século XIX e que supôs a primeira das ligações terrestres sobre o Minho com a Galiza.

Até 1993 esta ponte foi o único ponto de passagem entre Portugal e a Galiza na direcção de Vigo. Depois viriam a ponte de Monção/Salvaterra, Peso/Arbo e, finalmente, V. N. de Cerveira/Goián. Está ainda prevista uma ponte que comunique Caminha com A Guarda, mas isso pode demorar um bom tempo, mais ainda com a crise actual, já que não é prioritária.

Mesmo sendo uma ponte para trânsito local, no ano 2004 ainda era utilizada por cerca de 5.000 viaturas por dia, o que dá conta da importância das duas pontes no trâfego transfronteiriço. A ponte é mesmo especial porque constitui uma bela amostra da chamada arquitectura industrial do século XIX onde o ferro era o material por excelência. A ponte combina o facto de ser uma ponte para a linha do comboio na linha Porto-Vigo na parte superior e uma ponte para o trânsito de viaturas na inferior. Conta ainda com duas passadeiras para peões nos laterais da ponte.

Como é fácil imaginar, a passagem da ponte dá belas fotografias de ambas as localidades de Valença e de Tui bem como do rio Minho. E como faço habitualmente, meto cá as fotos do costume. Espero que gostem!


Foto 1. Perspectiva da ponte metálica sobre o Minho na direcção de Tui.
Foto 2. Vista do rio Minho no seu curso para o mar da parte portuguesa.
Foto 3. Vista geral da fortaleza de Valença da ponte.
Foto 4. Vista de Tui e da sua sé da ponte (aos losangos!).
Foto 5. Reflexos dourados sobre o Minho numa tarde de inverno.
Foto 6. Antiga alfândega portuguesa.
Foto 7. Entrada em Portugal vista da ponte.
Foto 8. Perspectiva do interior da ponte.
Foto 9. Vista de Valença e da ponte da Marina de Tui.
Foto 10. Fortaleza de Valença vista da Marina de Tui.

Nota: O tradicional mapa de situação está afixado na mensagem anterior. Para se fazer uma ideia do lugar, é favor se dirigir para esse 'post'. Obrigado.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Fronteiras: Valença/Tui (Nova ponte sobre o Minho)

Uma das fronteiras que registam mais tráfego de viaturas é, sem dúvida, a fronteira de Valença/Tui, onde em 2004 se consolidava como a fronteira mais transitada, com umas 15.000 viaturas por dia. É de esperar que hoje esse trânsito seja ainda mais intenso por razões laborais em um e outro sentido e também por questões económicas (ida às bombas galegas, compras dos galegos em Portugal, etc.), bem como o turismo, que sempre é importante.

Precisamente foi a necessidade de ter uma ligação moderna o que justificou a construção desta nova ponte sobre o Minho, se bem que desde o ano 1993 já têm passado uns anitos. De resto, nada tem de particular esta fronteira, para além de comunicar as duas ribeiras do Minho, tão próximas económica e culturalmente.

Foto 1. Vista da fronteira da última área de repouso da A-3/IP-1.
Foto 2. Nova ponte internacional sobre o rio Minho (A-3/A-55).


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Mapa 1. Mapa de situação da ponte.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Curiosidades fronteiriças: Urbanización Caya

Uma das coisas que qualquer cidadão português médio sabe é que Badajoz é uma cidade fronteiriça. Basta atravessar o Caia é já nos encontramos em Badajoz. No entanto, Badajoz não é apenas a cidade, mas também o seu termo municipal, incluindo várias urbanizações situadas no seu território.

A mais interessante, do ponto de vista fronteiriço, é a Urbanización Caya (Urbanização Caia), um pequeno espaço onde estão situadas um bom número de vivendas no que é uma área residencial para pessoas de classe média-alta. A particularidade desta urbanização é a sua situação geográfica: fica mesmo na fronteira.

O limite fronteiriço encontra-se franqueado por dois caminhos de terra batida, um por cada estado, sendo que entre eles há uma fileira de árvores onde estão situados os marcos fronteiriços. O caminho da parte espanhola é chamado de Av. de Portugal!, mesmo quando não passa de ser um caminhozito qualquer. A questão é que quem morar lá, naquela urbanização e se achar mesmo no limite fronteiriço quase que pode sair da sua casa e... sair do país!

Pela parte portuguesa, encontramos, como não podia ser de outra forma, uma bela vista da planície alentejana, sendo que este território pertence ao concelho de Campo Maior por ficar para além do Caia, rio que constitui a divisória entre este concelho e o concelho de Elvas antes de passar a ser o limite entre Portugal e Espanha.

Como é habitual neste blogue, lá vão algumas fotografias ilustrativas desta mais uma curiosidade fronteiriça.

Foto 1. Marco fronteiriço 798 do lado de Espanha.
Foto 2. Av. de Portugal ou o caminho de terra batida do lado espanhol.
Foto 3. Marco fronteiriço 798 do lado de Portugal.
Foto 4. Caminho de terra batida pela parte portuguesa em território de Campo Maior com vista de Elvas ao fundo.
Foto 5. Caminho português e vista da fileira de árvores e caminho paralelo espanhol.


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