Embora com data de Dezembro de 2010, por ter deixado este 'post' meio feito antes de ser publicado, é somente neste mês de Janeiro que aparece. Aproveito a ocasião para renovar os meus votos para um óptimo ano de 2011 para todos os meus leitores, como vem sendo tradicional.
Já agora, passamos ao assunto. Este 'post' é o ponto final de uma série deles dedicados à aldeia de Tourém. Talvez a melhor recomendação para saber mais sobre esta localidade seja o magnífico estudo, hoje esgotado, de Paula Bordalo Lema intitulado Tourém: Uma aldeia raiana do Barroso, que data de 1978 e que pode encontrar-se na biblioteca do concelho, em Montalegre. Muitos anos se passaram desde aquela data mas, apesar da evolução geral do país e do mundo, é possível ainda encontrar traços daquela vida onde persistiam aspectos de vida comunitária.
A aldeia resulta interessante por não ter sofrido muitas transformações urbanísticas, o que se agradece, especialmente essas casas de emigrantes cuja estética completamente fora de contexto contribui para uma descaracterização de conjuntos etnográficos de primeira ordem. As casas são feitas em pedra de granito, material predominante na região, bem como na vizinha Galiza, da qual não apresenta muitas diferenças relativamente ao estilo de construção, se bem que há características que fazem de Tourém, apesar da sua posição geográfica excêntrica, uma aldeia completamente portuguesa, como a calçada portuguesa ou o feitio das igrejas e capelas, claramente diferentes das galegas. Casas com coberta vegetal ainda existentes, o «Forno do Povo» ou a Igreja Matriz de São Pedro são algumas coisas a não perder cá em Tourém.
Já agora, passamos ao assunto. Este 'post' é o ponto final de uma série deles dedicados à aldeia de Tourém. Talvez a melhor recomendação para saber mais sobre esta localidade seja o magnífico estudo, hoje esgotado, de Paula Bordalo Lema intitulado Tourém: Uma aldeia raiana do Barroso, que data de 1978 e que pode encontrar-se na biblioteca do concelho, em Montalegre. Muitos anos se passaram desde aquela data mas, apesar da evolução geral do país e do mundo, é possível ainda encontrar traços daquela vida onde persistiam aspectos de vida comunitária.
A aldeia resulta interessante por não ter sofrido muitas transformações urbanísticas, o que se agradece, especialmente essas casas de emigrantes cuja estética completamente fora de contexto contribui para uma descaracterização de conjuntos etnográficos de primeira ordem. As casas são feitas em pedra de granito, material predominante na região, bem como na vizinha Galiza, da qual não apresenta muitas diferenças relativamente ao estilo de construção, se bem que há características que fazem de Tourém, apesar da sua posição geográfica excêntrica, uma aldeia completamente portuguesa, como a calçada portuguesa ou o feitio das igrejas e capelas, claramente diferentes das galegas. Casas com coberta vegetal ainda existentes, o «Forno do Povo» ou a Igreja Matriz de São Pedro são algumas coisas a não perder cá em Tourém.
Para quem quiser passar um fim-de-semana ou uma temporada a descontrair, resulta uma localização óptima, até porque existe um local de turismo de habitação, numa casa tradicional barrosã, conhecida como Casa dos Braganças, com preços muito competitivos. A região é muito interessante porque temos ao nosso dispor um amplo leque de possibilidades: a visita da própria aldeia de Tourém, caminhadas pela serra, dentro do Parque Nacional da Peneda-Gerês, a possibilidade de conhecer as aldeias galegas vizinhas e a sua gastronomia, como o «polvo à feira» nas feiras tradicionais de lá, como a existente em Calvos de Randín, as aldeias do vizinho Couto Misto, os restos do castelo da Piconha, um castelo que terá até foral dos nossos reis portugueses mas que hoje se encontra em território galego, perto de Randim, o mostéiro de Santa Maria das Júnias, na vizinha aldeia, passando a serra do Gerês, de Pitões das Júnias e que teve filiação com o mosteiro galego de Santa Maria de Oseira e, mais longe ainda, Montalegre no Barroso, e as possibilidades de canoagem na barragem das Conchas, no rio Lima, na Galiza ou as águas termais de Riocaldo, no concelho de Lobios, gémeas das termas do Gerês. A gastronomia é outra escusa: uma boa posta ou costeleta de vitela barrosã, o fumeiro, a gastronomia galega já mencionada, etc. Ou por que não? Dolce far niente...!












Ver Tourém: Uma aldeia raiana do Barroso num mapa maior
Mapa 1. Mapa de situação.