A região do Alto Tâmega é uma região natural, dividida entre a Galiza e o nosso país, mas que pertenceu integramente à diocese de Braga, já que o território actualmente galego era conhecido como Terra de Baronceli, tendo estado na posse da citada diocese durante todo o século XI e, em parte, durante o século XII, quando, com a formação da Nacionalidade e a consolidação de Portugal como reino independente de Leão fez com que a diocese de Ourense reclamasse o território, tendo ficado com ele, primeiro uma metade e logo finalmente de forma completa.
Mas isso não foi entrave para as comunicações e os contactos, que continuaram sendo muito intensos, para além da fronteira, que continuou a ser bastante duvidosa, como já temos falado, por exemplo, com a questão dos «povos promíscuos» de Lamadarcos, Cambedo e Soutelinho da Raia. O limite fronteiriço actual é tão ténue, que até dá para rir. Um bom exemplo disso é o caso da fronteira de Vilarelho da Raia/Rabal. Para quem vem de Verín pela actual estrada N 532 (daqui a pouco haverá uma auto-estrada de ligação com a A 24), depois de ter passado Tamaguelos e antes de chegar a Feces de Abaixo, deverá virar à direita em direcção Rabal, passar a aldeia e seguir pelo indicador de «Portugal» (Por que não Vilarelho e não deixa tanta constância da fronteira política? Quem vem de Chaves, deverá passar por Outeiro Seco, Vilela Seca e Vilarelho para chegar à linha de fronteira, a não ser que o faça pela fronteira de Vila Verde da Raia, passe Feces e logo vire à esquerda, já na Galiza, na direcção de Rabal.
A fronteira são os próprios campos cultivados, lameiros e os marcos que se intercalam entre eles. A estrada de ligação entre ambas as aldeias passa pelo marco 244. Como se pode ver pelas fotografias, um simples marco faz com que as videiras e a oliveira da primeira fotografia fiquem na parte da Galiza, enquanto as couves da segunda fotografia já ficam na parte de Portugal. Para fazer uma piada com isto: Não entendo muito de plantas, mas aquelas couves não são por acaso couves galegas???!!! Ainda bem que essa horta tem arame, senão é capaz de vir um galego apanhar as couves e dizer: -Esta couve é minha. E com razão!
Isto não deixa de ser uma simples curiosidade, caricata até, mas mostra o quanto pode mudar uma vida por estar de um ou de outro lado da fronteira. E é que afinal as fronteiras influenciam muito mais do que nós pensamos. Muito Espaço Schengen mas as fronteiras não desaparecem da noite para o dia, muito menos as mentais ou as sociológicas.
Deliciem-se entretanto, com as couves. Mmmm... estou a pensar em fazer um caldo verde. O que é que acham?
Mas isso não foi entrave para as comunicações e os contactos, que continuaram sendo muito intensos, para além da fronteira, que continuou a ser bastante duvidosa, como já temos falado, por exemplo, com a questão dos «povos promíscuos» de Lamadarcos, Cambedo e Soutelinho da Raia. O limite fronteiriço actual é tão ténue, que até dá para rir. Um bom exemplo disso é o caso da fronteira de Vilarelho da Raia/Rabal. Para quem vem de Verín pela actual estrada N 532 (daqui a pouco haverá uma auto-estrada de ligação com a A 24), depois de ter passado Tamaguelos e antes de chegar a Feces de Abaixo, deverá virar à direita em direcção Rabal, passar a aldeia e seguir pelo indicador de «Portugal» (Por que não Vilarelho e não deixa tanta constância da fronteira política? Quem vem de Chaves, deverá passar por Outeiro Seco, Vilela Seca e Vilarelho para chegar à linha de fronteira, a não ser que o faça pela fronteira de Vila Verde da Raia, passe Feces e logo vire à esquerda, já na Galiza, na direcção de Rabal.
A fronteira são os próprios campos cultivados, lameiros e os marcos que se intercalam entre eles. A estrada de ligação entre ambas as aldeias passa pelo marco 244. Como se pode ver pelas fotografias, um simples marco faz com que as videiras e a oliveira da primeira fotografia fiquem na parte da Galiza, enquanto as couves da segunda fotografia já ficam na parte de Portugal. Para fazer uma piada com isto: Não entendo muito de plantas, mas aquelas couves não são por acaso couves galegas???!!! Ainda bem que essa horta tem arame, senão é capaz de vir um galego apanhar as couves e dizer: -Esta couve é minha. E com razão!
Isto não deixa de ser uma simples curiosidade, caricata até, mas mostra o quanto pode mudar uma vida por estar de um ou de outro lado da fronteira. E é que afinal as fronteiras influenciam muito mais do que nós pensamos. Muito Espaço Schengen mas as fronteiras não desaparecem da noite para o dia, muito menos as mentais ou as sociológicas.
Deliciem-se entretanto, com as couves. Mmmm... estou a pensar em fazer um caldo verde. O que é que acham?
Foto 1. Fronteira vista do lado de Vilarelho com sinalética galega incluída.
Foto 2. Fronteira vista do lado de Rabal, com as famosas couves.
Foto 3. Vista geral de Vilarelho da Raia visto do limite fronteiriço.
Ver mapa maior
Mapa 1. Mapa de situação com indicador do limite fronteiriço.
Estoy de acuerdo con lo que dices. Muchos siglos con fronteras para que desaparezcan de la mentalidad de las personas. Tal vez en las siguientes generaciones.
ResponderEliminarMenos mal que tenemos el Euro y la libertad de paso. Ambos ayudan mucho.
Couves galegas
ResponderEliminarBerzas gallegas
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